Esmeraldas, dinheiro e cheques: Saiba o que foi apreendido em operação que mira ONG’s que receberam R$ 1,8 milhão de emendas parlamentares
Ex-secretário é um dos alvos da operação da Polícia Civil sobre repasses de emendas Dinheiro, esmeraldas, equipamentos eletrônicos e cheques foram apreend...

Ex-secretário é um dos alvos da operação da Polícia Civil sobre repasses de emendas Dinheiro, esmeraldas, equipamentos eletrônicos e cheques foram apreendidos durante uma operação da Polícia Civil que investiga emendas parlamentares destinadas irregularmente para Organizações Não Governamentais (ONG's) de Goiânia. De acordo com o delegado Bruno Barros, coordenador da operação, a Justiça também determinou o afastamento dos sigilos bancários e bloqueio de valores. A operação foi realizada na quinta-feira (31), quando a polícia cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em três endereços ligados a duas ONGs que, segundo o delegado, embora tenham registros diferentes, pertencem ao mesmo grupo familiar. Como os nomes das ONGs não foram divulgados, o g1 não conseguiu contato com as defesas. O valor bloqueado pela Justiça ultrapassa R$ 1,8 milhão, que Bruno afirmou ser o valor referente às duas emendas destinadas as ONG's que estão sendo investigadas. A verba seria para financiar eventos junto à Secretaria Municipal de Cultura entre os anos de 2023 e 2024, de R$ 1,5 milhão e outra de R$ 339,2 mil, segundo as investigações. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp Em nota, a defesa do ex-secretário de Cultura de Goiânia, Zander Fábio, que atuava no cargo na época dos repasses, afirmou que ele nunca recebeu qualquer tipo de intimação da polícia antes da operação e que sempre esteve à disposição das autoridades (leia a nota completa ao final do texto). LEIA TAMBÉM: ONGs são alvo de operação após receberem mais de R$ 1,8 milhão em emendas parlamentares em Goiânia Operação cumpre mais de 10 mandados de prisão, apreende mais de 80 veículos e bloqueia R$ 65 milhões de suspeitos de desvio de cargas Megaoperação cumpre 50 mandados e bloqueia R$ 127 milhões de suspeitos de fraudar guias de trânsito animal De acordo com a polícia, o valor das esmeraldas e dinheiro apreendido ainda não havia sido contabilizado até a última atualização desta reportagem. Esmeraldas foram apreendidas durante operação da polícia, em Goiás Divulgação/Polícia Civil A Secretaria Municipal de Cultura disse que a operação da Polícia Civil investiga a gestão passada (entre 2023 e 2024) e que a atual gestão segue à disposição para colaborar com as investigações. Ainda segundo a polícia, durante as investigações, que tiveram início após denúncias anônimas à Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), a corporação descobriu que as ONGs contempladas não possuíam experiência anterior com as atividades propostas. O delegado contou que, em um dos casos, o valor da emenda foi pago de forma integral e que a ONG contemplada chegou a enviar um oficio para a Secretaria de Cultura solicitando mudanças no objeto principal do acordo firmado, algo que ele afirmou ser ilegal. O delegado Bruno Barros destacou que, com a operação, a polícia busca entender se as organizações foram formadas apenas para receber os recursos e identificar os envolvidos, além de entender como os repasses foram feitos pelo órgão público mesmo com as exigências legais sendo ignoradas. Nota da defesa de Zander "O escritório Di Rezende Advocacia e Consultoria, responsável pela defesa do ex-secretário de Cultura de Goiânia, Zander Fábio, informa que o trabalho da Polícia Civil ainda está em fase preliminar. Ele sempre esteve à disposição das autoridades, nunca recebeu qualquer tipo de intimação da polícia antes da operação e sempre atuou com responsabilidade, de forma transparente e séria. Ainda sobre os fatos sob investigação, Zander não foi seu propositor ou executor. Por isso, não teve qualquer responsabilidade sobre a questão, diante da legislação que determina a aplicação impositiva das emendas. É muito importante que os fatos sejam apurados de forma adequada e justa, destacando-se que, após a liberação das emendas impositivas, a entidade executora possui o prazo de dois anos para prestar contas dos valores recebidos. Zander continuará colaborando, de forma espontânea, para a elucidação dos fatos, a fim de que a investigação seja justa e correta. Os advogados seguirão trabalhando pela garantia do direito à ampla defesa e ao contraditório, para que nenhuma medida policial seja praticada de forma truculenta ou abusiva. O escritório Di Rezende Advocacia e Consultoria reitera sua confiança no trabalho sério e responsável dos órgãos de investigação e do sistema de Justiça, essenciais para que seja comprovada a ausência de responsabilidade de Zander em relação aos fatos sob apuração. A defesa é composta pelos advogados Marcelo Di Rezende, Kelvin Wallace dos Santos e Thalles Vilar Lopes. Escritório Di Rezende Advocacia e Consultoria Goiânia, 1º de agosto de 2025" Polícia Civil apreendeu esmeraldas, dinheiro e cheques durante operação que investiga ONG's, em Goiás Divulgação/Polícia Civil 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás