Tesouro prevê alta da dívida pública para 82,5% do PIB ao fim do governo Lula, mais perto de recorde registrado na pandemia
A Secretaria do Tesouro Nacional estimou nesta sexta-feira (7) que a do setor consolidado, envolvendo governo, estados, municípios e estatais, continuará avan...
A Secretaria do Tesouro Nacional estimou nesta sexta-feira (7) que a do setor consolidado, envolvendo governo, estados, municípios e estatais, continuará avançando até o fim do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando atingirá 82,5% do Produto Interno Bruto (PIB). A informação consta na 7ª Edição do Relatório de Riscos Fiscais da União. 🔎 A dívida do setor público consolidado é um conceito fiscal que representa o montante total das obrigações financeiras assumidas por um ente da Federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), apurado sem duplicidade. 🔎O indicador é considerado um termômetro da chamada "solvência" de uma nação, ou seja, da capacidade de honrar seus compromissos futuros. Quanto maior o indicador, maior o risco de um calote em momentos de crise. Em setembro deste ano, último resultado divulgado pelo Banco Central, responsável pela compilação dos dados, o endividamento brasileiro estava em 78,1% do PIB — o equivalente a R$ 9,75 trilhões. Se confirmado, o endividamento brasileiro terá uma alta de 10,8 pontos percentuais no governo Lula, visto que somava 71,7% do PIB em dezembro de 2022, quando o governo Jair Bolsonaro chegou ao fim. No nível projetado pelo Tesouro Nacional, a dívida brasileira atingirá o maior patamar desde abril de 2021 - quando somou 82,6% do PIB. A série histórica, que tem início em 2008, também é do BC. Também ficará mais próxima do recorde histórico, de 87,7% do PIB, registrado em outubro de 2020, no auge da pandemia da Covid-19. Naquele ano, o governo efetuou gastos extraordinários de R$ 524 bilhões em auxílio emergencial para a população, além de despesas com saúde e para garantir operações de crédito a juros menores.