Professor e diretor são afastados por suspeita de assédio a alunas no interior do Acre
Violência e abuso sexual infantil: veja os sinais e saiba como proteger as crianças Um professor e um diretor de uma escola estadual de Tarauacá, no interior...
Violência e abuso sexual infantil: veja os sinais e saiba como proteger as crianças Um professor e um diretor de uma escola estadual de Tarauacá, no interior do Acre, foram afastados por suspeita de assédio sexual a alunas. O afastamento foi confirmado pela Secretaria Estadual de Educação (SEE) nesta quinta-feira (18), que também informou, por meio de nota, acompanhar as famílias das vítimas. O caso veio a público após o vazamento de conversas entre os dois profissionais nas quais eles aparentam falar sobre estudantes. (Veja as imagens abaixo) 📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp Para a secretaria, as mensagens representam 'conduta incompatível com o exercício da função', e por isso eles foram afastados. Os educadores também irão responder a processo administrativo disciplinar (PAD). "Paralelamente, a gestão está em diálogo com as famílias envolvidas, prestando o acolhimento necessário e adotando todas as medidas de proteção previstas na legislação vigente", afirma o texto. O g1 entrou em contato com a Polícia Civil do município e aguarda retorno. LEIA MAIS Professor suspeito de assédio sexual em escola é demitido no Acre Secretário de Educação de cidade do AC é investigado por humilhar e ameaçar servidores; ele nega Após denúncia de assédio sexual, DCE da Ufac anuncia desligamento de membro suspeito: 'Atuamos com responsabilidade' Prefeito de Rio Branco diz que não vai afastar superintendente investigado por assédio moral: ‘Denúncias sem fundamento’ Idoso é preso suspeito de oferecer doces a menores para cometer abusos no Acre O que dizem as mensagens Segundo as capturas de tela de parte das conversas entre professor e diretor, às quais o g1 teve acesso, eles chegam a discutir táticas de como despertar o interesse das estudantes e os possíveis momentos em que ficariam a sós com elas nas salas. A primeira imagem mostra o diretor pedindo contatos ao professor. "Você é cheio delas", afirmou. O professor respondeu e disse que vai "agilizar" e acrescenta: "Quero agilizar a [nome suprimido] para vc [sic]". "Também quero, só depende de ser sigiloso e ela queira. Vc [sic] tocou no assunto com ela?", perguntou o gestor, se referindo, supostamente, à aluna. Em outro momento da conversa, o professor envia mensagens de áudio e o diretor responde a uma delas: "Verdade, e elas precisam de algo, aí que a gente entra". Veja abaixo os trechos das conversas: Conversas entre professor e diretor levaram ao afastamento deles por suspeita de assédio a alunas Reprodução Suposta discussão de professor e diretor sobre táticas para despertar interesse de alunas Reprodução Suposta conversa de professor e diretor cita estudante que terminou ensino médio em escola de Tarauacá Reprodução A PM disponibiliza os seguintes números para que vítimas peçam ajuda: (68) 99609-3901 (68) 99611-3224 (68) 99610-4372 (68) 99614-2935 Veja outras formas de denunciar casos de violência: Polícia Militar - 190: quando a vítima está correndo risco imediato; Samu - 192: para pedidos de socorro urgentes; Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres; Qualquer delegacia de polícia; Secretaria de Estado da Mulher (Semulher): recebe denúncias de violações de direitos da mulher no Acre. Telefone: (68) 99930-0420. Endereço: Travessa João XXIII, 1137, Village Wilde Maciel. Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa; Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia; WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008; Ministério Público; Videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras). VÍDEOS: g1