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MPF reitera pedido de condenação de empresário preso com 103 kg de ouro em Boa Vista

O empresário Bruno Mendes de Jesus foi preso com barras de ouro em Hilux em Rondônia Montagem/g1 O Ministério Público Federal (MPF) apresentou as alegaçõe...

MPF reitera pedido de condenação de empresário preso com 103 kg de ouro em Boa Vista
MPF reitera pedido de condenação de empresário preso com 103 kg de ouro em Boa Vista (Foto: Reprodução)

O empresário Bruno Mendes de Jesus foi preso com barras de ouro em Hilux em Rondônia Montagem/g1 O Ministério Público Federal (MPF) apresentou as alegações finais no processo contra o empresário Bruno Mendes de Jesus, de 30 anos, preso com 103 kg de ouro em Boa Vista. O órgão reforçou o pedido de condenação pelos crimes ligados à maior apreensão de ouro ilegal registrada no país. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (12) Alegações finais são a última manifestação das partes em um processo antes da decisão do juiz. Nessa etapa, defesa e acusação resumem os fatos, destacam provas, contestam pontos apresentados pela outra parte e reforçam seus pedidos — que foi o caso do MPF ao pedir a condenação de Bruno. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 RR no WhatsApp Bruno está preso desde 4 de agosto, quando foi abordado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) perto da Ponte dos Macuxis, em Boa Vista, transportando o ouro. O minério foi avaliado em mais de R$ 61 milhões. Ele se tornou réu em outubro pelos crimes de transporte ilegal de matéria-prima da União, receptação e uso de produto ou substância tóxica prejudicial à saúde e ao meio ambiente. De acordo com o MPF, o transporte do ouro ocorreu sem qualquer autorização. Além disso, um laudo técnico confirmou que o minério veio de garimpo clandestino e tinha presença de mercúrio, o que indica fundição rudimentar compatível com produtos usados na atividade garimpeira artesanal. “Tais características são típicas de ouro extraído de atividades de garimpo, cuja exploração exige prévia autorização legal e representa significativo risco ambiental, em razão do uso de mercúrio”, destaca o MPF. Empresário e casado com blogueira: quem é o suspeito preso com barras de ouro LEIA TAMBÉM: PRF apreende 103 kg de ouro avaliados em mais de R$ 60 milhões em Roraima Desembargador nega liberdade a preso com 103 kg de ouro avaliados em mais de R$ 60 milhões Empresário e casado com blogueira: quem é o suspeito preso com barras de ouro avaliadas em R$ 61 milhões Empresário de RO vira réu por transportar 103 kg de ouro ilegal avaliados em mais de R$ 60 milhões Para o MPF, o caso tem agravantes porque o transporte ilegal de ouro buscava obter vantagem econômica, foi feito de forma oculta e sem documentação, e envolveu substância tóxica que coloca em risco a saúde pública e o meio ambiente. O órgão também destacou que a ação ocorreu em contexto ligado ao garimpo na Terra Indígena Yanomami, pela localização onde o crime foi praticado. “Introduzir essa expressiva quantidade de ouro no mercado clandestino de Roraima é fomentar uma crise humanitária há muito conhecida e sobre a qual recaem esforços diuturnos do Poder Público”, diz um trecho da manifestação. Prisão em flagrante Bruno Mendes de Jesus, de 30 anos, foi levado à Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, o maior presídio de Roraima Reprodução e Caíque Rodrigues/g1 RR Bruno Mendes dirigia a uma Hilux ano 2024, quando foi parado pela PRF na altura da ponte dos Macuxis, na BR-401, por volta de meio-dia. No veículo também estavam a esposa e o filho do casal, um bebê de 9 meses. Agentes suspeitaram de inconsistências na documentação apresentada por Bruno e decidiram fazer uma busca mais detalhada. Foi então que localizaram as barras de ouro escondidas parte no painel e em outros compartimentos do carro. Ele trabalha com construção civil e "grandes obras", segundo a PRF. Levado à Polícia Federal, Bruno ficou calado. Natural de Rondônia, ele tem uma empresa varejista de artigos de vestuário e acessórios. Quando foi abordado pela PRF, disse ser fiscal de obras e afirmou que havia saído de Manaus para verificar uma construção, mas não soube informar o nome ou o endereço da obra que seria fiscalizada. Ao chegar à PF, não disse mais nada. Ele foi acompanhado por dois advogados desde o momento da abordagem até o procedimento na polícia. A defesa de Bruno informou em nota que ele é um "trabalhador que, como milhares de brasileiros, atua em atividades relacionadas ao setor mineral, que embora possam se desenvolver em áreas de tensão regulatória, são, para muitos, meio de subsistência e única alternativa de sobrevivência". Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.