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Justiça anula condenação de advogado acusado por tentar matar namorada com barra de ferro em Cuiabá

Advogado é preso suspeito de tentar matar a namorada com barra de ferro em MT Redes sociais/Facebook A Justiça de Mato Grosso anulou a condenação de Nauder ...

Justiça anula condenação de advogado acusado por tentar matar namorada com barra de ferro em Cuiabá
Justiça anula condenação de advogado acusado por tentar matar namorada com barra de ferro em Cuiabá (Foto: Reprodução)

Advogado é preso suspeito de tentar matar a namorada com barra de ferro em MT Redes sociais/Facebook A Justiça de Mato Grosso anulou a condenação de Nauder Junior Alves Andrade, que havia sido sentenciado a 10 anos de prisão por tentar matar a namorada com uma barra de ferro, em Cuiabá. A decisão foi assinada pelo desembargador Wesley Sanchez Lacerda, nessa quarta-feira (26). O g1 tentou contato com a defesa do acusado, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp A condenação foi anulada porque, segundo o desembargador, a decisão dos jurados foi contrária às provas do processo. Conforme a decisão, a própria vítima contou que o réu parou de agredi-la por vontade própria, sem ser impedido por ninguém. Para o magistrado, isso indica desistência voluntária, o que não, segundo a Justiça, não se encaixa na forma de tentativa de homicídio que os jurados reconheceram no julgamento. Embora tenha determinado a expedição de alvará de soltura, o magistrado impôs medidas cautelares, como monitoramento eletrônico, proibição de aproximação da vítima e restrição ao consumo de álcool e drogas. O descumprimento poderá resultar em prisão preventiva. Com a decisão, o caso retorna ao Tribunal do Júri para um novo julgamento, onde os jurados deverão reavaliar a dinâmica dos fatos. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Entenda o caso Em julho, Nauder foi condenado pelo Tribunal do Júri de Cuiabá por tentar matar a própria namorada, de 29 anos, com uma barra de ferro em um condomínio na capital, de acordo com denúncia do Ministério Público do estado (MP-MT). Na ocasião, ele dispensou a defesa técnica e optou por se representar no plenário. O crime ocorreu em agosto de 2023. Na época, a polícia informou que a vítima teria relatado uma possível tentativa de abuso. No entanto, esse ponto não entrou no processo do Ministério Público. A defesa também nega qualquer suspeita de abuso. De acordo com a sentença de julho, o advogado prolongou as agressões, perseguindo a jovem por todos os cômodos da casa e a submetendo a diferentes formas de violência e impedindo a saída dela por várias horas. Tentativa de fuga Há duas semanas, Nauder tentou fugir do presídio com outros três detentos em Várzea Grande de acordo com a Secretaria Estadual de Justiça (Sejus). O grupo, no entanto, foi impedido pelos policiais penais do Centro de Ressocialização Ahmenon Lemos Dantas. Em nota, a defesa de Nauder afirmou que não houve tentativa de fuga e alegou que ocorreu "uma armação institucional contra os advogados que exigiram prerrogativas profissionais dentro do sistema prisional". Os quatro homens foram encaminhados à Central de Flagrantes da Polícia Civil de Várzea Grande. Eles foram autuados em flagrante pelos crimes de associação criminosa e dano qualificado, conforme o delegado plantonista. No dia da tentativa de fuga, um agente que fazia vigilância no presídio ouviu barulhos vindos do local e pediu que a equipe de plantão verificasse a situação. Ao entrar na sala, os servidores constataram que o ferrolho da grade do banho de sol havia sido danificado, o que indicava uma possível tentativa de fuga. Na audiência, os detentos relataram que foram agredidos pelos agentes penitenciários e colocados nus para revista. O juiz ainda determinou uma investigação para apurar a suposta lesão na perna relatada por Nauder. Além dele, os outros dois detentos foram identificados como Pauly Ramiro Ferrari Dourado, de 45 anos, Paulo Renato Ribeiro, de 52 anos, e um quarto preso, de 63 anos, que não teve a identidade confirmada.