Fluminense tem receita diferente para chegar às quartas de final da Copa do Mundo de Clubes
Nos últimos anos, a fórmula vem misturando jogadores experientes que criaram identificação com o clube e uma base que ajuda técnica e financeiramente. 'Flu...

Nos últimos anos, a fórmula vem misturando jogadores experientes que criaram identificação com o clube e uma base que ajuda técnica e financeiramente. 'Fluminense é o patinho feio, financeiramente', disse Renato Gaúcho na véspera do jogo com Al-Hilal O Fluminense teve uma receita diferente para chegar às quartas de final. Uma boa imagem exige cuidados. Se o sol é um marcador feroz em Orlando, ainda mais complicado vai ser encarar o Al-Hilal nesta sexta-feira (4). “Vai ser um dos maiores jogos do clube nessa competição e acho que de toda a história”, diz Martinelli, meio-campo do Fluminense. Com oito anos no clube, desde a base, o volante Martinelli conhece bem a história tricolor e fez parte de alguns dos momentos mais importantes dela, como a conquista da Libertadores em 2023. “Conseguimos ser campeão. Estar nessa competição, acho que é fruto do trabalho, das pessoas que trabalham aqui, todo o staff, rouparia. Então, acho que esse clube merece muito onde está hoje”, afirma Martinelli. Fluminense tem receita diferente para chegar às quartas de final da Copa do Mundo de Clubes Jornal Nacional/ Reprodução Entre os quatro últimos campeões da Libertadores, o Fluminense não tem arrecadação bilionária - como Flamengo e Palmeiras - e ainda não se tornou uma SAF turbinada por um investidor internacional, como o Botafogo. Mesmo assim, vem sendo um participante frequente da Libertadores. Disputou as quatro últimas edições, mas não conseguiu vaga para a disputa de 2025. "O Fluminense, perante esses clubes todos que estão aí, é o patinho feio. Patinho feito, eu digo, em termos financeiros", diz Renato Gaúcho, técnico do Fluminense. Sem a enorme capacidade financeira dos concorrentes, o Fluminense precisa encontrar soluções. Nos últimos anos, a fórmula vem misturando jogadores experientes que criaram identificação com o clube e uma base que ajuda técnica e financeiramente. No título da Libertadores, por exemplo, contava com o lateral-esquerdo Marcelo, um astro internacional revelado pelo clube. E, atualmente, tem um dos maiores zagueiros brasileiros: Thiago Silva, em grande forma aos 40 anos. Teve apostas certeiras com enorme retorno, como a contratação do colombiano John Arias. O atacante custou cerca de R$ 3 milhões em 2021. Valor baixo para os padrões de alguém que trouxe tantas alegrias à torcida. E as vendas frequentes de jovens revelados na base ajudam a sustentar o time, mesmo muito tempo depois que saem do clube. O atacante João Pedro, com passagem recente pela seleção, deixou o clube há seis anos. Foi contratado recentemente pelo Chelsea, da Inglaterra. Através do Mecanismo de Solidariedade da Fifa, que dá um percentual ao clube formador, o Fluminense espera receber cerca de R$ 10 milhões. Há também oscilações. Em 2024, o time chegou a lutar contra o rebaixamento no Brasileiro. Agora, entre os oito melhores na Copa do Mundo, os tricolores se permitem sonhar mais alto. “A gente reconstruiu muito bem esse clube e estamos no caminho certo”, afirma Martinelli. "Se hoje nós estamos vivendo esse momento maravilhoso, esse momento mágico do Fluminense, a gente precisa continuar entrando na história do clube. E se entra na história do clube, conquistando", diz Renato Gaúcho.