Estação da Barra é ampliada e reinaugurada com expectativa de aumento de 50% no tratamento de esgoto
Estação ETA Barra é reinaugurada Reprodução/TV Globo A Estação de Tratamento da Barra da Tijuca foi ampliada e reinaugurada nesta segunda-feira (1º). De...
Estação ETA Barra é reinaugurada Reprodução/TV Globo A Estação de Tratamento da Barra da Tijuca foi ampliada e reinaugurada nesta segunda-feira (1º). De acordo com a concessionária Iguá, responsável pelo abastecimento de água e limpeza das lagoas da região, as obras da estação vão gerar um aumento de 50% da capacidade de tratamento de esgoto de 19 bairros da zona sudoeste do Rio. “Com a ampliação do serviço, precisamos fazer mais decantadores. A quantidade de esgoto tratado está aumentando e ao longo da previsão de 35 anos de contrato a gente tem um aumento disso”, afirmou Leonardo Soares, diretor de assuntos corporativos da empresa. O complexo lagunar da região sofre com diversos problemas como proliferação de gigogas, assoreamento causado pelo acúmulo de lodo e sedimentos, fuga da vida marinha. “Tinha uma estrutura falha e inadequada. A gente passa a dedicar todo o nosso lodo, que é consequência do tratamento de esgoto, para compostagem. A gente retira, ensaca, reduz e dedica isso a compostagem”, disse Soares. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Com a chuva e a maré baixa, a sujeira ia parar no mar da barra, poluindo e provocando manchas escuras, principalmente perto do quebra-mar e seguindo pela orla. A faixa de água turva estava mais próxima à areia. A despoluição era promessa para as Olimpíadas do Rio de Janeiro, mas só saiu do papel em abril de 2024. Obras No primeiro mês das obras, foram retiradas cerca de 35 mil toneladas de lama. Mas, além da dragagem, a concessionária de água e esgoto é obrigada, por contrato, a impedir o lançamento de 47 milhões de litros de esgoto por dia nas lagoas da região. Em outubro do ano passado, as obras para a construção da estação fizeram um lago dentro do Bosque da Barra secar. A região, uma área de reserva ambiental, ficou assim depois da Iguá fazer um rebaixamento do lençol freático, uma técnica para permitir obras com escavações ou outras fundações. Em maio, o RJ1 esteve no local e mostrou que, onde havia água, tinha vegetação. A concessionária foi multada pela prefeitura em mais de R$ 5 milhões por causa da intervenção no lençol freático. A empresa, na época, afirmou que ia recorrer e que não havia evidências que comprovasse a ligação entre as obras e a redução do volume de água no lago.