Energia desviada por empresário do agro equivale a cinco meses de consumo em cidade turística de MT
Empresário Leandro Zavodini, de 41 anos, empresário suspeito de participar de esquema de energia. Reprodução O volume de energia desviado pelo empresário L...
Empresário Leandro Zavodini, de 41 anos, empresário suspeito de participar de esquema de energia. Reprodução O volume de energia desviado pelo empresário Leandro Zavodini, de 41 anos, preso nesta quarta-feira (26), seria o suficiente para abastecer o munícipio de Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá. Os dados levantados pela concessionária de energia estimam a dimensão do impacto do esquema. As investigações apontam que o empresário utilizava um sistema sofisticado para esconder o consumo real e burlar o medidor. A prática é considerada crime pelo Código Penal e coloca em risco a segurança de toda a rede elétrica. Um ex-colaborador terceirizado da empresa também é investigado por participação na fraude. A força-tarefa informou que novas ações devem ser realizadas nos próximos dias para impedir que crimes desse tipo continuem causando prejuízos à sociedade. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp. Operação Ignis Justiça PJC-MT Relembre o caso O empresário de Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá, foi preso durante a Operação Ignis Justiça, realizada entre as forças de segurança de Mato Grosso em parceria com a concessionária de energia. A ação é um desdobramento da Operação Energia Limpa e revelou um dos maiores esquemas de furto de energia já identificados no estado. Segundo a concessionária, a fraude gerou prejuízo estimado de R$ 1 milhão em impostos não recolhidos. Conforme a Polícia Civil, o grupo usava métodos avançados e conhecimento interno para desviar energia em larga escala por meio da adulteração de medidores. As investigações indicam que o esquema foi estruturado de forma altamente planejada para reduzir artificialmente o consumo real de empresas com grande movimentação financeira. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp Ao todo, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão além dos mandados de prisão preventiva. As equipes estiveram em três unidades do grupo empresarial, uma no setor industrial de Lucas do Rio Verde, outra na zona rural, sentido Sorriso, a cerca de 15 km da cidade, e a terceira em Sorriso, além das casas dos investigados. Ainda segundo a polícia, o engenheiro era responsável pelas alterações técnicas ilegais, enquanto o ex-funcionário da concessionária usava acesso privilegiado ao sistema para facilitar as fraudes. O empresário seria o beneficiário direto dos furtos nas empresas investigadas. A corporação destacou que o crime ocorria de forma contínua e prolongada, não se tratando de um ato isolado. O esquema teria provocado prejuízos ao sistema elétrico, afetando recursos que deveriam ser destinados à concessionária e, indiretamente, à população. Veja os vídeos que estão em alta no g1