Crise em Itaguaí: após afastamento de Rubão, Haroldinho exonera todos os secretários
Prefeito interino de Itaguaí Haroldo Jesus Divulgação Horas depois do afastamento do prefeito Rubem Vieira, o Dr. Rubão, por decisão do ministro Dias Toffo...
Prefeito interino de Itaguaí Haroldo Jesus Divulgação Horas depois do afastamento do prefeito Rubem Vieira, o Dr. Rubão, por decisão do ministro Dias Toffoli, a cidade de Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio, passou por uma mudança radical na administração municipal, em mais um capítulo na briga pelo poder no município. O presidente da Câmara, Haroldo Rodrigues Jesus Neto, o Haroldinho, assumiu interinamente o cargo de prefeito às 23h e publicou um decreto exonerando todos os secretários municipais nomeados pelo antecessor, além do procurador-geral, do controlador-geral e da presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos (Itaprevi). Nesta quinta-feira (27), Toffoli revogou a liminar que garantiu a posse de Rubão, concedida em junho. Haroldinho ficará interinamente no cargo até que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decida definitivamente se convoca novas eleições na cidade. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça Só sobrou 1 Com a medida de Haroldinho, Itaguaí, que possui mais de 20 secretarias — incluindo áreas como Saúde, Educação, Obras, Fazenda, Cultura, Turismo e Segurança Pública — amanheceu nesta sexta-feira (28) com apenas um secretário nomeado: Milton Valviesse Gama, que permaneceu na Secretaria Municipal de Governo por portaria publicada na mesma edição extra do Diário Oficial. Segundo o decreto, a decisão foi tomada para “adequação da máquina pública para a execução das tarefas a serem executadas pela nova administração”. Haroldinho já ocupou a prefeitura interinamente entre janeiro e junho deste ano, por conta da impugnação da candidatura de Rubão. Rubão foi o vencedor das eleições de 2024, com 39% dos votos, mas teve a eleição suspensa depois que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) entendeu que ele exerceria um 3º mandato no cargo, o que é proibido pela Constituição. Em junho, quando Toffoli tirou Haroldinho do cargo, a Câmara de Vereadores, da qual ele é presidente, não cumpriu de imediato a decisão do STF. Com um argumento de falta de luz, a posse de Rubão só aconteceu após uma nova ordem do Supremo.